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As organizações estão excluindo as pessoas 50+ ou as pessoas 50+ estão se autoexcluindo?


Representado nas figuras do patriarca e da matriarca, ou seja, nos arquétipos (modelos) responsáveis por garantir que todas as regras sejam cumpridas e que os heróis trabalhem direitinho e sustentem o status quo. De modo geral, assim são enxergadas pelos mais novos as pessoas que representam o público de 50+ dentro das organizações. Por outro lado, gerações mais novas ingressam no mercado de trabalho com comportamentos que rompem com toda essa estrutura conhecida até então. Surgem então os inúmeros questionamentos e a necessidade de aprender a conviver e a lidar com as questões que a diversidade apresenta no ambiente de trabalho. Afinal de contas, onde essa ameaça começa? Será que o público acima dos 50 promove uma autoexclusão que colabora para o clima de embate?


De que forma é possível avaliar a situação?


O fato é que este assunto precisa ser administrado dentro das organizações justamente para que não se transforme num verdadeiro campo de batalhas entre gerações e tenha como consequências a exclusão ou a autoexclusão desse grupo acima dos 50 anos de idade. Resultando ainda na sensação de perda de valor e na desmotivação em fazer parte de um ambiente onde o indivíduo parece não se encaixar mais. Fato que só contribui para outro efeito: o etarismo, que é o preconceito referente à contratação de profissionais mais velhos, visto como uma barreira.


Apesar do ciclo de fatos e desfechos que isso acarreta, eu chamo a atenção nesse artigo para que o público acima dos 50 anos tome consciência sobre a sua percepção em relação aos mais jovens, e ao mesmo tempo garanta e consolide e a sua participação dentro das organizações e tenha o seu espaço mundo. Se você acha que o mundo é dos mais jovens, engano seu! O mundo na verdade é das pessoas mais maduras.



Como você avalia que ainda é capaz de agregar?


Há dois tipos de comportamentos entre o público 50+ que são particularmente contundentes nesse sentido. O primeiro deles é quando se tem a falsa ideia de que já venceu, já fez o que tinha de ser feito e agora, em sua posição, tenta enquadrar os mais jovens questionando o seu comportamento ou a sua forma de pensar para ainda manter de pé o mundo antigo. Outro comportamento faz parte de um processo interno de sentir que você se percebe como alguém mais velho e que não é mais capaz de contribuir.


A grande questão, contudo, está em observar que as duas atitudes são em si o próprio preconceito. São ações de autoexclusão que na maioria das vezes não são observadas da forma que deveriam e fazem com que o individuo no fundo seja o maior promotor desse afastamento. Como você percebe isso?


Reforço que neste caso é importante dizer que se você faz um processo de desenvolvimento como ser humano e começa a desenvolver os seus órgãos sensórios da maturidade (imaginação, inspiração e intuição, já abordados no meu blog em uma série de três artigos) você consegue verdadeiramente atuar em situações mais complexas que a organização apresenta de uma forma amadurecida e portanto aporta valor singular da sua maturidade.


Um dos erros mais comuns é notar que as pessoas acima dos 50 anos querem contribuir da mesma forma que as pessoas na faixa dos 20 anos trazem. Ou seja, de fato você fica obsoleto. Não há espaço. Portanto, é preciso encontrar o seu lugar único de contribuição.


Qual o diferencial que de fato você desenvolveu com a maturidade?

Como você lida com os seus preconceitos e com o seu jeito de olhar o mundo? Como você lida com a inclusão?

Você é capaz de flexibilizar o seu modo de atuar quando atua com pessoas mais jovens?


No Programa A Saga do Homem em Busca do Masculino Profundo eu abordo a inserção dos homens com mais de 50 anos nas organizações e debato qual é o novo papel do homem no mundo.


Se deseja se desenvolver nesse tema e quer saber mais sobre o conteúdo do curso, acesse: https://www.jorgedornellesdeoliveira.com/programa-a-saga-do-homem


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Aprendendo com a diversidade:


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Jorge Dornelles de Oliveira

Setembro de 2021



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