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Como você reage à diversidade?

Em qual grau na escala da consciência da diversidade você se situa?


:: Team Coaching ::


A diversidade cognitiva, objeto de estudos e discussões mais recentes, revela nossos padrões e reações instintivas ao lidar com formas de pensar diferentes das nossas. Quanto maior a diferença percebida, maior a probabilidade de atribuir à outra pessoa intenções malévolas, valores inapropriados ou gaps de inteligência*.


Essa rejeição aumenta ainda mais quando é verificada em um grupo, especialmente em equipes de trabalho. É automático que aquele que pensa e age diferente do grupo, ao ingressar no time, seja rotulado como uma ameaça. Um dos desafios mais comuns então passa a ser administrar esse comportamento que afasta o oposto.


Como você líder lida com os diferentes graus de aceitação da diversidade em sua equipe? A propósito, como você lida com isso internamente?


Apesar de o tema da diversidade ter se tornado algo relevante no meio corporativo nos últimos anos ele permaneceu restrito ao debate de questões de gênero, sociais, étnicas, entre outras. O que evidentemente é de completa importância incluir na pauta. Porém, somente agora é que estamos tomando contato com a diversidade como um elemento real e que pode ser um diferencial competitivo. Recentemente algumas empresas criaram o cargo de gestor de diversidade, pensando exatamente em estabelecer conexões benéficas para o desenvolvimento do todo.


Ter consciência desse tipo tema e tratar com ele de uma forma saudável sem observá-la como um temor é sem dúvida algo que agrega valor. Uma abordagem interessante foi desenvolvida pelo Coaching and Mentoring International & GTCI com Peter Hawkins e David Clutterbuck. De antemão, é possível mapear o grau de conscientização da diversidade a partir de uma classificação que facilita compreender em que estágio desse processo cada membro e o grupo se encontram. Portanto, um caminho de autopercepção, mas, também de percepção coletiva. O estudo aponta os cinco estágios do que classifica como ‘‘A escala da Consciência da Diversidade’’.


Anseios como medo, desconfiança, tolerância, aceitação e apreciação fazem parte dessa escala de percepção.


Os cinco estágios são os seguintes:


Medo: é caracterizado por baixa autoconsciência e baixa consciência dos outros;


Desconfiança: é quando o indivíduo é suficientemente autoconsciente e consciente dos outros para reconhecer que seus os medos são irracionais, mas, falta a confiança necessária para ser verdadeiramente aberto com as pessoas que ele percebe como diferentes;


Tolerância: as pessoas que expressam tolerância a outros grupos geralmente não conseguem abandonar seus próprios sentimentos de superioridade. A tolerância não envolve nenhuma tentativa de entender questões e acontecimentos do outro;


Aceitação: envolve a compreensão de que as perspectivas da outra pessoa são válidas, bem-intencionados e razoáveis, em seu próprio contexto;

Apreciação: leva o relacionamento e a conversa para os domínios da aprendizagem mútua. A diferença se torna um impulsionador da mudança, da autoconsciência e da criação de um grupo mais aberto, saudável e inclusivo.


Compreendendo que cada pessoa e grupo coexistem em estágios diferentes nessa escala, qualquer trabalho pressupõe um olhar interno e um olhar externo, e começa sempre pelo ponto mais baixo. Times e indivíduos que atingem o nível da apreciação chegam ao entendimento de que o próprio fato da diferença se torna uma oportunidade valiosa para explorar novas perspectivas e ideias, para testar suposições e criar um poderoso senso de realidade. A diferença se torna um impulsionador da mudança, autoconsciência e de um ambiente proveitoso.


Em minha atuação como Team Coach tenho notado como esse tema ainda é conceitual e as próprias equipes evitam falar do assunto por receio de confrontos e contestações que possam romper o Status quo.


Quanto você está preparado para reconhecer a diversidade na sua equipe?


Quer saber mais sobre Team Coaching? Acesse outros artigos no blog www.jorgedornellesdeoliveira.com/blog ou entre em contato.


*Referência: Global Team Coaching Institute.


Jorge Dornelles de Oliveira

Março de 2021


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