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Como lidar com as transições em processos de coaching?

Atualizado: 8 de abr de 2021

O que difere uma transição de uma mudança?


Esse referencial teórico vai apoiar você Coach profissional e a todos que vivem transições a superarem as incertezas e fazer as transições inadiáveis de forma consciente.


Em tempos de pandemia a instabilidade se tornou um dos questionamentos mais recorrentes em nossas vidas. De algum modo, em maior ou menor grau, todos estão vivenciando uma crise pessoal além da crise coletiva atribuída à pandemia de Coronavírus. Frente aos impactos e impasses, surgem questionamentos como: afinal, o que será do meu futuro? Como será o meu trabalho? O que fazer perante um cenário de imprevisibilidade?


Algumas pessoas concluem que chegou a hora de mudar os rumos e aproveitam o momento de pausa ou de pouca atividade para ir em busca de um novo sentido profissional. No entanto, o desafio de quase todos que ingressam nessa jornada é saber por onde começar, como ter desenvoltura para avaliar se esse é realmente o momento e de que forma fazer esse caminho de acordo com seus desejos.


Baseado no estudo de William Bridges, “Managing Transitions”, um modelo de transição foi construído em três etapas que ajudam a nortear e a se conectar com aquilo que pode ser o próximo passo da sua jornada. Se você chegou até aqui, certamente o tema é de seu interesse. É possível que você já esteja pensando em realizar algum tipo de transição em sua vida. Por isso, eu o convido a prosseguir a leitura e entender como esse referencial pode ajudá-lo.


O modelo proposto tem uma característica bastante peculiar, ele reúne a atenção especialmente para a transição, não para a mudança. A princípio isso pode gerar um certo receio ou desconforto, todavia, em seguida fará sentido quando todas as fases forem superadas com atenção nos steps. De acordo com o método, mudar é algo que acontece mesmo que as pessoas não concordem com isso. Já uma transição é algo interno. Demanda, portanto, ponderar o que acontece no seu íntimo. É precisamente aí que está a ação objetiva mais importante do processo.


Como reconhecer as fases da transição e as emoções relacionadas?


A primeira etapa é chamada de “Endings”, ou seja, relacionada ao término, aos finais. Esse momento se caracteriza pela relutância em aceitar o fato e por um notável desgaste emocional. O indivíduo está sendo forçado a deixar de fazer algo que tem propriedade em produzir. É comum observar que surjam sentimentos como frustração, negação, desorientação e sensação de perda nesse estágio.


Nesse momento de pandemia no qual o mundo passa pela revisão de novos formatos de trabalho como os modelos home-office ou misto (presencial/online); atividades que exigem conhecimentos cada vez mais multidisciplinares, produtividade alta e equilíbrio com a demanda das tarefas pessoais; inúmeras incertezas sobre o futuro atormentam uma grande maioria. Seguramente é a etapa que ocupa o maior número de pessoas.


Examine profundamente o que ainda faz sentido para você? O que precisa terminar?


Como coach é importante desafiar o cliente apropriar-se das habilidades e experiências desenvolvidas ao longo do tempo e que podem auxiliá-lo na próxima etapa. Todavia, é importante aceitar que algo está terminando para que uma nova ideia possa surgir com mais impulso. Espere o tempo adequado até aparecer o sentido de aceitação e de transformação, e finalmente desapegue-se do que ainda resiste.


O segundo estágio se chama Zona Neutra, “The Neutral Zone”. Nessa etapa é comum ficar um tanto consternado pela mudança e experimentar sentimentos de confusão, incerteza e inquietude. Existe a percepção de tudo o que morreu, de tudo aquilo que acabou, mas ainda permanecem os questionamentos do que se deve fazer adiante.


Lembre-se que a zona neutra é uma fase de ligação entre o velho e o novo. Volta e meia se vê ansiedade, ceticismo. Há uma ligeira tendência em se achar perdido com ou com senso de lentidão marcante. Em contrapartida, é também o momento em que afloram a criatividade, a inovação e o desenvolvimento. É hora de notar que movimento surge em você. Como o seu futuro pode ser construído a partir das suas ações. A tarefa central e mais importante é se organizar para o futuro. Uma fase de silencio, parada, e conexão com todos os sinais do que pode trazer o seu futuro. Quais são os desejos que estão aparecendo? Faça essa pergunta para si. Escute-se.


A última fase da transição é o “Beginning”, ou começo. É um momento de uma nova partida, apropriação e energia. Enfim se manifesta a iniciativa. Internamente você passa a lapidar suas habilidades para trabalhar com sucesso da nova maneira, e começa a ver os primeiros ganhos de seus esforços. Os envolvimentos que mais se destacam na etapa são alta energia, abertura para o aprendizado e compromisso revigorado


Como a concentração de todo o processo é se interiorizar em cada uma das fases da transição e vivenciar da forma mais consciente possível, tudo é realizado em pequenos passos até o objetivo maior. Por isso, ao atingir a última etapa, reserve um tempo para celebrar a mudança pela qual passou e recompense a si mesmo por todo o trabalho concretizado em prol do acontecimento. Ele será benéfico para gerenciar mudanças em projetos de outras escalas.


Quais são os passos que foram dados até agora na sua transição? Em qual das etapas de transição você se encontra nesse momento?


Caso você queira entender mais sobre o assunto acesse outros artigos no meu blog onde abordo sobre esse tema.


Se deseja apoio profissional para um processo de Coach, ou se você é um Coach profissional e precisa de supervisão para amadurecer na sua prática entre em contato jorge.dornelles.oliveira@ggnconsultoria.com.br (11) 96396.9951


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Jorge Dornelles de Oliveira

Abril de 2021


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