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Coaching com os C Level: um desafio de aprendizado

: : Reflexões sobre Coaching : :


São muitos os desafios e aprendizados que enfrentamos ao atuar com os C Levels, diretores, VPs e Presidentes. Esse grupo pode ser a associado com a imagem dos patriarcas e matriarcas, ocupam o lugar da experiência, dos mais sábios, dos mais poderosos, daqueles que garantem a manutenção das regras, representam os valores e tradições, conhecem e aplicam os códigos e regras ocultas. Eles são, enfim, os guardiões da cultura da organização. De forma sutil ou às vezes, muito explícita, formam uma pequena e poderosa casta, sendo admirados e cultuados (às vezes temidos), pela legião de heróis que com sua ousadia e impetuosidade fazem o dia a dia da organização.

Na dinâmica da vida, e isso se reflete nas organizações, vivemos um processo constante de desafio do status quo pelos jovens e a reação dos responsáveis por sua manutenção, ou seja, a eterna luta dos heróis e heroínas versus os patriarcas e matriarcas – com a esperada subida na espiral de transformação: heróis e heroínas se transformando nos patriarcas e matriarcas, que buscam cumprir suas funções e repetem os ciclos.

Nesse panorama, os maiores ativistas são quase sempre absorvidos pela dinâmica do sistema e em muitos casos tornam-se mais conservadores que os próprios conservadores. Mas porque estou falando disto, se todos já sabem? A resposta parece óbvia, para podermos atuar em parceria com nossos clientes (matriarcas e patriarcas) e ajuda-los a entender como o momento atual pode impacta-los, além de levantar quais temas podem ser explorados no escopo do coaching executivo.

Vivendo em um cenário em que as questões da diversidade e pluralidade têm ganhado espaço, onde o novo é muitas vezes supervalorizado, onde acordos e regras são vistos como empecilhos, os patriarcas e matriarcas enfrentam uma realidade nova que pode ser assustadora, uma realidade que abala estruturas de poder, e que os leva a questionar os seus diferenciais da maturidade.

As perguntas pipocam dos dois lados – têm a mesma natureza - e dependem, é claro, da idade, posição e expectativa de carreira.

Como lidar com esse aparente paradoxo regras versus flexibilizar?

Como abrir mão do poder da hierarquia?

Qual o diferencial competitivo que a maturidade e experiência me trouxeram?

Essas são as principais questões e temas que tenho encontrado ao atuar junto aos C Levels.

E você, na sua prática, com quais temas se depara?

Em minha perspectiva e experiência, o que perpassa tudo é o entendimento e apropriação do que a maturidade realmente agregou ao cliente como profissional e como ser humano. Isto fica muito mais urgente em quem é 50 + nas organizações tradicionais, mas pode englobar os 40+ em empresas de alguns segmentos. E a percepção destas competências, habilidades e capacidades é que vai permitir colocar o esforço certo no lugar certo e contribuir da forma adequada para o processo de reconhecimento. Não se trata do tempo de casa ou hierarquia, mas do aporte maduro que é a somatória de tudo o que o cliente já aprendeu. Esse passo exige uma abordagem muito profunda e cuidadosa -- ele precisa querer ver --, e em muitos casos pode ser duro descobrir que envelheceu, mas não amadureceu. Mas isto já é assunto para um outro momento.

E você colega coach:

O que desenvolveu com a maturidade que impulsiona esse trabalho com clientes mais seniores?

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