(Mapeando a cadeira do CEO)
Pegue um vírus desconhecido, um fluxo ainda desconexo e um portal que nos chama, mas que não oferece indicações de trajetos, e teremos a sensação que tem nos deixado individualmente sem rumo. Agora coloque-se na cadeira do seu gestor e tente olhar com seus olhos. O que vê? Consegue perceber o vulto dos seus colaboradores? Você os enxerga tão fluidos quanto eles se sentem? Já é hora de chama-los? E qual será o percurso? Consegue ver alguma coisa ou vislumbrar algo no horizonte?
É provável que se você estiver à frente de uma empresa tradicional, busque repetir caminhos conhecidos baseados nas crenças e certezas que trouxeram a sua organização até aqui. Você convocará os heróis já conhecidos e alguns patriarcas com quem compartilha o comando e juntos debaterão de que forma sair dessa zona de conforto que existia ate há bem pouco tempo e que desapareceu por completo, de repente. Pode ser que consigam reeditar uma ou outra regra, revendo uma ou outra definição, mas que, ao final, não tenham sucesso.
Talvez te ocorra contratar algum consultor que tem visões de outras organizações mais flexíveis, mais disruptivas, para enfrentar esse momento único. E ele te responda, um tanto quanto claudicante, que também nessas organizações que se alinham com estruturas mais leves e ao aparente sabor dos acontecimentos, a transformação cultural é necessária, porém, a criatividade não tem sido suficiente sequer para fornecer pistas.
Pertencentes a um mindset fixo ou ao de crescimento, conservadoras ou de vanguardas, ou ainda, situadas no meio desta polarização, as organizações têm funcionado num ambiente de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade ( VUCA - volatility, uncertainty, complexity and ambiguity), desconhecendo de que forma operar mudanças para continuar crescendo.
O fato é: suas particularidades e eventuais idiossincrasias – e é claro, visão, missão e etc --, terão que entrar num processo de transformação cultural on going, já que nesse universo em que estamos, as organizações estão mais vivas do que nunca e precisam estar em constante revisão de seus passos. Mas não basta planejar esses passos e os percursos nos quais eles irão acontecer. Não há quem ande espalhando que não adianta mais planejar?
Pois então, no mundo VUCA, o planejamento se dá a cada instante, na revisão de cada passo dado -, conforme diferentes variáveis e contextos. O movimento é a única certeza. E não existem respostas prontas como você já deve estar imaginando, o que nos leva diretamente para a seguinte questão :
Como criar um processo ágil que permita a revisão de cada passo, em pleno movimento?
Ou como entender em qual estágio se encontram e desenvolver um processo que permita mudanças continuas ao longo do percurso, que assegure às empresas permanecerem vivas ?
Sem dúvida, descobrir a sua própria dinâmica é o objetivo dessa jornada que será baseada numa estratégia real ( que tem por base a realidade do dia a dia), fazendo links com a cultura organizacional vista por diversos ângulos e stakeholders, e que considera, sobretudo, a mudança nas relações.
Consegue enxergar a pontinha da sua empresa emergindo no mundo VUCA ?
Aguarde os próximos artigos sobre o tema.
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