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Quais as perguntas que você precisa responder antes de se tornar um CEO?

Se você tivesse que responder com apenas uma palavra sobre você, qual seria?


Tendo conhecimento do roteiro que envolve se tornar um CEO é possível que muitos avaliem que a fórmula está pronta e que para chegar lá basta seguir à risca a lista de critérios indispensáveis que a função exige do candidato. Contudo, como eu sempre apresento em meus artigos, embora seja muito significativo cumprir as requisições prevalecentes, isso não garante que você consiga de fato alcançar a posição. Principalmente que tenha êxito nela – que é o que se espera – e se diferencie no seu modo autêntico de ser. Por outro lado, as organizações buscam cada vez mais apostar nos profissionais que tenham algo a mais para entregar e, por essa razão, se refinam constantemente na maneira de identificar esse “algo a mais”. Isso tem sido desafiador para os dois lados.


Os executivos C-level que almejam ocupar a cadeira mais cobiçada da organização ou que estão se preparando para isso, habitualmente trilham um caminho muito similar até chegar ao topo. A jornada começa com o desenvolvimento do conhecimento acadêmico teórico sobre administração, finanças e marketing. Posteriormente passa pelo desenvolvimento de habilidades de liderança, gestão, comunicação, negociação, vendas, tomadas de decisão, entre outras. O passo seguinte costuma ser liderar projetos, gerenciar equipes e tomar decisões estratégicas que impacta na empresa. Quando atingem o nível mais avançado dessa empreitada aperfeiçoam sua inteligência emocional, se preocupam com os relacionamentos, com a rede, com a capacidade de entender as emoções dos indivíduos. Finalmente, quando ainda mais lapidados, se aprofundam nos aspectos da cultura organizacional, nos valores, aprendem a serem resilientes e adaptáveis para lidar com as possíveis mudanças que ocorram no cenário interno e externo.


Há poucos dias li uma matéria, em uma publicação especializada na área de RH, que conversou com alguns dos CEOs mais prestigiados do mundo, desses que estão à frente de corporações de alcance global e são referência para o mercado. A questão central da reportagem era descobrir competências ou os traços de caráter mais importantes que esses executivos buscam em um novo contratado nível C. Até aqui não é novidade, pois não é a primeira vez que me deparo com publicações que apresentam listas de possíveis perguntas que CEOs gostam de fazer quando estão contratando ou promovendo. O que me chamou a atenção de fato foi a provocação feita pela revista para que todos eles fizessem apenas uma pergunta para o entrevistado ao invés de todo um protocolo de entrevista. Com base nessa única questão eles seriam capazes de dizer o motivo pelo qual escolheriam (ou não) aquele candidato. Isso sim foi mais interessante de descobrir. É o que eu apresento para você a partir de agora.


Com a experiência conquistada esses profissionais aprenderam a filtrar rapidamente o que buscam no outro. No caso em questão, era uma situação hipotética para uma possível sucessão do cargo. Porém, o exemplo foi tão rico em experiência que gerou uma série de reflexões que se ponderadas e colocadas em prática como fonte de desenvolvimento, caso seja o seu objetivo, auxilia para o desenvolvimento. Cada um dos 10 CEOs entrevistados na matéria da revista perguntou a respeito do ponto que considera primordial. As questões geradas foram as seguintes: 1) como você se descreveria em uma palavra? 2) Qual foi a última coisa que você aprendeu no seu último emprego (ou atual)? 3) O que você ainda não conseguiu incluir no seu currículo? 4) Por quanto tempo você está disposto a cometer erros neste emprego, antes de realmente obter sucesso? 5) Quais as manchetes do jornal de hoje? O que torna você realmente especial? 6) Se tivesse que escrever 500 palavras a seu respeito, o que diria? 7) Que porcentagem da sua vida você controla? 8) Conte-me uma coisa que é verdade e sobre o que quase ninguém concorda com sua opinião. 9) Descreva o melhor dia de trabalho da sua vida. Você se sente nas nuvens a caminho de casa. O que, nesse dia, lhe trouxe tamanha satisfação? 10) Então, qual é a sua história?


Da série de perguntas temos insights interessantes. A primeira questão foi formulada por Dara Richardson, CEO da Cia YWCA. Ela considera que “os melhores candidatos são aqueles que sabem exatamente quem são.” Entretanto, Dara Richardson não julga as pessoas de acordo com a palavra que escolhem. Seu interesse está em descobrir como as pessoas definem a si mesmas. Ela explica que os melhores candidatos refletem por algum tempo e pensam bem na pergunta, antes de responderem. A questão de número três, por exemplo, foi formulada por Richard Branson, da Virgin Group. Ele afirma que não vê grande valor na entrevista típica de emprego. Branson observa que um bom currículo é sempre importante, "mas se fôssemos contratar com base no que os candidatos dizem sobre eles mesmos no papel, não precisaríamos perder tempo com uma entrevista." Ele gosta de ir mais fundo que o currículo e descobrir o que realmente move alguém, que talvez não seja totalmente apropriado para constar em um currículo. Já o CEO Mitch Rothschild, da Vitals, que elaborou a sétima pergunta dessa lista, afirma que isso o ajuda a entender como alguém se sente sobre o mundo à sua volta. Forçar mudanças ou apenas submeter-se às coisas que ocorrem diz muito sobre alguém, ele explica. Na sua perspicácia ele quer contratar pessoas capazes de trazer mudanças.


No fundo o que eles queriam saber com essas perguntas incomuns era encontrar pessoas que ‘rompem a bolha’ dos padrões. Um profissional que não é comum (assim como eles não são comuns). Se você não transforma nem a si próprio, nem a organização, tão pouco será capaz impactar e contagiar o ambiente por meio da sua postura, independente do seu ponto de vista. Como você conecta a importância de ser você mesmo a Persona que você representa neste cargo? Tudo isso pode ser resumido em um tópico que tenho persistido em afirmar, que é a importância de você encontrar uma forma verdadeira de expressão de ser. Por último, a provocação com esse artigo não era fazê-lo responder as questões ou apresentar uma lista de repostas que você precisa oferecer oportunamente. Mas sim trazer a consciência de que encontrando a sua verdadeira expressão como pessoa e profissional e externando isso da maneira adequada você se torna autêntico e genuíno, inclusive nessa posição, a mais alta da empresa. Essa talvez seja a grande questão a ser trabalhada e respondida por aquele que deseja ser um CEO atualmente.


Que tipo de profissional você é e que tipo de profissional você gostaria de ser?


Se deseja ter apoio de coach profissional entre em contato: jorge.dornelles.oliveira@ggnconsultoria.com.br Whats app (11) 96396.9951

* Jenny Jedeikin, Communications Content Director Strategist.











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