(Uma forma de amadurecer como executivo)
:: mapeando a cadeira do CEO ::
Quais sinais podem ajudá-lo a perceber a estratégia real da organização. Estou falando aqui não da escrita ou falada. Mas sim da que está viva, colocada em prática.
Em meus dois últimos artigos - mapeando a cadeira do CEO - foquei em como os executivos, principalmente C levels, são desafiados a perceber a dimensão invisível das empresas. Ao longo de minha jornada como Coach tenho trabalhado com muitos profissionais que vivem questões relacionadas a como perceber essa espécie de “caminho das pedras” para poder se movimentar com mais segurança e fazer contribuições significativas em seu ambiente de trabalho. Isso sem dúvida é muito mais relevante quando você é o número um da organização e sua atuação impacta duplamente, ou seja, tanto na dimensão real quanto no que chamamos invisível.
Há alguns anos tive a oportunidade de visitar a revista Wired, em São Francisco, Califórnia. Me marcou em especial a conversa com o editor-chefe onde ressaltou que a ideia da Wired é perceber as tendências do futuro, atuando como uma antena que capta os diversos sinais, que compõe cenários que ainda não estão explícitos. Em suas icônicas reportagens a Wired entrevistou figuras como Bill Gates, Steve Jobs, entre outros visionários. No entanto, muitos anos antes da fama e dos feitos que os consagraram mundialmente. Os editores da Wired perceberam isso e adiantaram temas que vieram à tona futuramente como tendência.
Como então você pode usar o modelo de sucesso da Wired no seu dia a dia?
Claro, não estou falando de você ler a revista e entender as tendências do futuro (pois tenho a certeza de que você já faz no seu dia a dia, tanto com publicações especializadas, relatórios, contatos etc.); mas sim você usar o modelo para captar os sinais e entender o invisível no seu dia a dia.
No primeiro texto elucidei sobre a importância de decifrar as entrelinhas da cultura organizacional¹. Para perceber o não visível na cultura ajuda conectar nossas “antenas” em alguns sinais emitidos no dia a dia. Entre eles ressalto dois fundamentais - os contratos psicológicos² que regulam a organização, ou seja, vínculos não formais que envolvem a satisfação de necessidades dos times ou das partes; e quais os seus impactos - abordados no segundo artigo. Outro absolutamente relevante e que pode impactar dramaticamente o negócio e a percepção da estratégia real, como citei no início da do texto.
Muito além da estratégia formal, daquela que se aprova, é a estratégia em movimento. Contudo, percebê-la é o desafio a se desvendar.
De que forma você percebe como fluem as estratégias na sua organização? De que forma saber se a estratégia propõe para um caminho e a “cultura” da organização outro?
É corriqueiro existir um ponto disruptivo entre o que se declara e o que se pratica. E aí é que uma “antena conectada” pode ajudar a perceber e fazer possíveis correções de rumos. Contudo, nessa abordagem estou menos preocupado com o impacto no negócio e mais com a sua capacidade de aprender a prestar atenção e desenvolver essa habilidade de usar sua imaginação, inspiração e intuição para transformar essa percepção em algo que possa incorporar-se a sua forma atuar; e que sem dúvida é um ou talvez o principal diferencial para seu desenvolvimento.
Como você está desenvolvendo essa percepção? Como incorporar ao seu dia a dia? Como amadurecer na sua função como CEO?
Se quiser saber como um Coach profissional pode contribuir com esses temas, envie uma mensagem e agende um horário comigo.
https://www.jorgedornellesdeoliveira.com/
Março de 2021
Jorge Dornelles de Oliveira
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