Existe uma certa súplica do mercado e das organizações pela diversidade. Mas afinal de contas somente implantar um programa de diversidade é o suficiente para afirmar que a empresa seja considerada multifacetada? A propósito, de qual diversidade esses programas tratam? De quem eu sou ou de como eu penso? É diversidade de sexo, de orientação sexual, de etnia, de formação, de idade, de religião, de cultura, cognitiva?
E depois, o que acontece a partir disso? Como a organização se beneficia dessa oportunidade? Quais os resultados práticos? Como o indivíduo atua junto aos times? Como ele é recebido e incluído? Você já pensou nisso?
Há algum tempo eu venho pesquisando sobre os impactos da diversidade nas empresas e tenho escrito regularmente artigos deste tema em meu blog. Atuando como coach de times (Team Coach), o assunto tem se tornado cada vez mais recorrente nas minhas atividades. Porém, o diagnóstico de um velho problema ainda impede que a diversidade produza efeitos práticos: a cultura organizacional. Isso mesmo! Boa parte das empresas ainda não se deu conta dos resultados que a diversidade pode gerar. Tão pouco estão preparadas para fazer a inclusão dessa pluralidade nas equipes. Não basta apenas criar um programa. É preciso incluir essas pessoas.
A inclusão é o “molho mágico que ativa a diversidade e libera todo o potencial criativo”. Em síntese, para que dê certo é preciso saber integrar essas pessoas. A organizações não podem apenas contratá-las para atender a pressão social do politicamente correto e depois enquadrá-las para que elas se adequem à cultura da empresa. É necessário um trabalho interno que prepara para valorizar, integrar e fortalecer de modo que não se torne apenas um circo da diversidade. É indispensável refletir o que de verdade essa pessoa consegue agregar para a corporação. De que forma todos ganham com isso?
Esse será um dos maiores desafios que as organizações vão enfrentar nos próximos anos. O mundo se torna cada vez mais plural e as empresas não vão fugir disso. Contudo, a compreensão ainda é vaga. No dia a dia organizacional os grupos têm se alinhado ideologicamente em torno de questões fechadas, não dando chance para o pensar singular e legitimo. Somente agora é que estamos tomando contato com a diversidade como um elemento real que pode ser um diferencial competitivo. Porém, um dos desafios passa a ser administrar esse comportamento que afasta o oposto.
Deste modo é possível mapear o grau de conscientização da diversidade a partir de uma classificação que facilita compreender em que estágio desse processo cada membro e o grupo se encontram. Portanto, um caminho de autopercepção, mas, também de percepção coletiva. A chamada ‘‘A escala da Consciência da Diversidade’’, desenvolvida por Peter Hawkins e David Clutterbuck, ajuda a entender isso e trabalha para superar as barreiras. Anseios como medo, desconfiança, tolerância, aceitação e apreciação fazem parte dessa escala de percepção.
O que eu quero dizer com isso é que existe uma energia transformadora que acontece na diversidade. Se essa energia é colocada a benefício da organização ela colabora para que as empresas atinjam melhores resultados. Isso é o que as empresas querem de fato. Todavia, diferentes formas de ser e de pensar precisam ser expressas livremente. O desejo pelo diverso tem que fazer parte do DNA da empresa. Diferentes formas de ser, de atuar e de pensar significam múltiplas formas de encontrar as soluções. Este é o verdadeiro valor que precisa ficar evidente ao estabelecer um programa assim. As empresas que souberem lidar com isso vão encontrar modos mais modernos de atuar e poderão se favorecer com resultados surpreendentes.
Como a diversidade se manifesta na sua empresa? Qual é o seu grau de consciência da diversidade? Comente.
Se deseja ter apoio de coach profissional para se desenvolver e amadurecer neste tema, entre em contato: jorge.dornelles.oliveira@ggnconsultoria.com.br Whats app (11) 96396.9951
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A diversidade como um diferencial competitivo nas organizações.
Jorge Dornelles de Oliveira
Maio de 2021
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