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Adeus avatares?

A fase amarela já dá sinais da sua chegada, apesar de você ter estacionado na vermelha. O momento é de indecisão interna mas com a proximidade de um retorno a uma nova “normalidade”, também no aspecto profissional, é bem provável que você esteja perto daquele limite em que será obrigado a se tornar operacional novamente, tomando decisões de toda ordem, a começar por abandonar de vez as vestimentas de avatar.

Apesar de sugerir um desafio de superação, como nos games, essa fase não estava no seu horizonte, muito menos no das organizações. A exemplo dos guerreiros virtuais que avançam determinados, porque as soluções possíveis somente se encontram mais à frente, no percurso, a questão agora é avaliar em que estagio do luto coletivo você se encontra e se municiar do que estiver ao alcance para transpassar barreiras que vão surgir ao longo do caminho e que terão que ser resolvidas no ali e agora.

Cada um passa por esse processo, a principio, no seu próprio timing, o que faz a redução de danos começar no plano individual. Você é a principal medida de avaliação dos seus próprios riscos: darei conta de restaurar a minha autoconfiança e atuar dentro dos novos protocolos legais ou preciso me salvaguardar desse movimento e postergar a minha volta?

De que maneira poderei me readaptar? O que preciso fazer para isso?

O que está em jogo aqui é mensurar o que é vital ou essencial para quem será forçado a lidar com as consequências dessa decisão, na prática.

Num cenário organizacional, no entanto, a soma inclui varias decisões individuais, tornando-se um pouco mais complexa. É nesse sentido que o horizonte tem trazido um novo tipo de cultura que se vem configurando através do enfrentamento de questões que não estavam programadas. Normalmente as crises exigem respostas rápidas que visam o restabelecimento do desequilíbrio total ou parcial diante de um cenário de adversidade. Como não há manuais a serem consultados nesse momento, temos nos movido por erros e acertos.

Já não é mais possível, por exemplo, negar a realidade. Do ponto de vista coletivo isso ficou para trás. Essa nova matrix profissional exige uma readaptação de todos os envolvidos, dos gestores aos colaboradores, devendo ter inicio na postura dos CEOs que precisam abandonar quaisquer traços patriarcais ou heroicos – para focar na estruturação de times mais adultos e autônomos. O controle presencial e a influência hierárquica devem perder importância, enquanto os colaboradores, nem sempre conseguirão esperar uma decisão vinda de seus gestores.

Algumas empresas já estão aliviando seus caixas ao desalugar escritórios completa ou parcialmente; provavelmente a Av. Paulista, a Brigadeiro Faria Lima e a Berrini irão reconfigurar suas funções. E o mais surpreendente é que o fundamento dessa mudança não é apenas de caráter financeiro.

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que 30% das empresas terá uma nova rotina de trabalho pós-pandemia https://economia.ig.com.br/2020-06-11/no-brasil-30-de-empresas-devem-manter-home-office-depois-da-pandemia.html,

sendo que algumas delas viram a produtividade dos executivos crescer trabalhando em casa. O que terá incentivado essa maior produtividade? Essa tendência é real numa adoção permanente do homeoffice?

Que tipo de acordos deverão ser realizados entre as empresas e os colaboradores para fazer do ambiente caseiro o local definitivo de trabalho ? Como será conciliar o trabalho e a vida pessoal no mesmo espaço, especialmente no caso das famílias ?

Por enquanto, sobram perguntas. Certeza mesmo é que a indústria da moda masculina terá que refazer seus números no que diz respeito à fabricação dos ternos, vestimenta que já vinha caindo em desuso antes mesmo da pandemia e que as mulheres também deverão abandonar os seus terninhos e descer de seus saltos.

Que mudanças você vislumbra?

Como está se preparando?

Como será voltar ao mundo real?

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