Imagine gostar de espírito de equipe e estar num ambiente que não valoriza a interação entre pessoas;
Estar focado em metas e resultados quando o que importa são elogios e redes informais de comunicação;
Ou apreciar as políticas que estimulam o prestígio e o status, mas estar sujeito a claros critérios de desempenho.
Talvez um dos cenários acima componha o seu momento atual. Você acaba de sentar na cadeira de CEO , https://www.jorgedornellesdeoliveira.com/single-post/2019/02/01/O-universo-do-CEO---o-aqui-e-agora, posição que sofre influências das forças no seu entorno e que, se mapeadas, podem te ajudar a ocupar essa posição com mais tranqüilidade.
De cara você já percebeu que você e as exigências de sua cadeira podem não estar alinhados. Sabe que o poder te cativa, mas se deu conta de que a afiliação tem um peso bem maior do que você imaginava na empresa !!! Ou, adora um desafio, mas tem consciência de que só os resultados ou a sua performance não serão suficientes, no seu novo cargo, se você não conquistar um determinado integrante do board.
E aí, o que fazer quando a sua cadeira está inserida num ambiente que destoa daquilo que te motiva?
Como é que você vai se motivar então, a partir daí?
Normalmente, as cadeiras pedem um ou dois dos três fatores apontados pelo psicólogo norte-americano David McClelland que, ainda na metade do século passado, os identificou como os combustíveis sociais que devem nos orientar mais profundamente no trabalho e na vida. A motivação, segundo ele, é uma força impulsionadora relacionada aos desafios, à afiliação ou poder, capaz de nos alimentar no dia a dia: é o nosso combustível, o nosso gás, o que nos leva para frente e nos satisfaz.
A cadeira do CEO reflete o que é valorizado na cultura empresarial: poder, afiliação ou desafios. Normalmente um dos três está em primeiro plano e os outros vêm em seguida. Cabe então à você olhar para como esses fatores se organizam na cadeira e também internamente, em você. Se existe um match, perfeito, afinal é nesse ambiente profissional que você passa a maior parte do seu tempo.
Mas quando isso não acontece, quando esses fatores da cadeira não fecham com os seus, você também pode recorrer a outros lugares, praticando um esporte ou pertencendo a um determinado grupo. Basta prestar atenção naquilo que te motiva e ir atrás disso. Imagine que o que te impulsiona vem dos desafios que você encara no dia a dia – coisa que a sua empresa não valoriza muito. Alimente então isso fazendo corrida de aventura, por exemplo, nos finais de semana. Ou, se você é realmente alguém que cultiva o convívio com outras pessoas, faça parte de comunidades com interesses afins fora do ambiente de trabalho.
Diferente das competências e habilidades que podem ser desenvolvidas, os combustíveis são naturais e vêm de fontes não renováveis, por isso precisam ser reconhecidos e preservados.
Mapear a cadeira onde você senta, para identificar as forças que a controlam,
é de fundamental importância para você que chegou lá. Mas entender o que te move também é vital para fazer com que você saiba o que te mobiliza e consiga se sentir mais confortável na sua nova posição.
Já pensou em mapear a sua cadeira?