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Como a compreensão dos Sete Planos da Consciência pode impulsionar o desenvolvimento do indivíduo no processo de coaching?

  • Foto do escritor: jorgedoliveira
    jorgedoliveira
  • há 10 horas
  • 7 min de leitura

De que maneira a compreensão dos níveis de consciência podem auxiliar na identificação de padrões emocionais, no reconhecimento de limitações e no desenvolvimento da inteligência emocional, promovendo a realização do ser integral?


A concepção dos sete níveis de consciência frequentemente associada aos ensinamentos teosóficos de Helena Blavatsky , é uma tentativa de descrever, de forma simbólica e filosófica, a estrutura multidimensional da realidade e da consciência humana. Embora muitos desses conteúdos estejam distribuídos em diferentes obras e comentários teosóficos, a ideia central permanece. O ser humano não é apenas um agregado físico e psicológico, mas um composto de camadas interdependentes que vibram em graus distintos de sutileza e compreensão. Cada nível expressa uma frequência de existência, um modo de percepção e um estágio de desenvolvimento interior. Compreender esses níveis não é apenas um exercício intelectual, mas um caminho de autoconhecimento e de reconhecimento de que a vida humana opera simultaneamente em planos visíveis e invisíveis.


No coaching, o processo de conscientização inicia-se pela exploração profunda do eu, incluindo valores, paixões, habilidades e crenças, o que permite compreender o que realmente importa para você. Com os valores centrais identificados, o Coach colabora com o Coachee para alinhar suas ações e decisões diárias a esses valores, promovendo uma vida mais coerente e satisfatória. O papel do Coach, portanto, é facilitar essa descoberta e alinhamento, utilizando diversas ferramentas e técnicas que apoiam o Coachee na jornada de viver conforme sua consciência no momento presente. Isto é, sendo coerente com o seu nível de consciência mais pleno possível. Nesse contexto, o coaching torna a jornada de explorar a mente e os comportamentos menos assustadora e mais recompensadora.


É crucial compreender que muitos clientes tendem a ficar estagnados em determinados níveis de consciência. Podemos observá-los presos nas necessidades básicas do corpo físico, no escapismo do astral, em uma espiritualidade superficial ou nas armadilhas da mente concreta. O papel essencial do coaching, portanto, é desafiá-los com perguntas poderosas que os ajudem a transcender essas camadas, uma vez que são as próprias pessoas que detêm as respostas que buscam.


Traçado esse paralelo entre o conceito e a prática, fica claro que os sete planos que filosofa russa apresenta são muito mais que um mapa cosmológico estático. Eles constituem um caminho de autoconhecimento. Cada conquista interior, cada superação de um desejo, cada insight intuitivo (mental superior), cada experiência de amor incondicional (búdico), representa a ativação consciente de um desses níveis dentro de nós. A meta, na teosofia, é tornar-se um "Homem Completo", aquele que, enquanto vive no plano físico, pode, à vontade, orientar sua consciência através de todos os planos, realizando plenamente sua natureza divina e cósmica. Estudar esses planos, assim, não é um exercício de abstração, mas um convite para explorar as infinitas dimensões da própria alma.


De que maneira explorar o ‘despertar da consciência’ durante o processo de coaching representa o caminho essencial para o desenvolvimento pessoal?


Segundo Helena Blavatsy, o primeiro nível é o plano físico, a camada mais densa e material, associada ao corpo, à vitalidade biológica e aos sentidos. É aqui que a existência se ancora e a experiência humana encontra seus limites mais concretos. No entanto, apesar de ser o nível mais palpável, é também o mais frágil. Blavatsky frequentemente enfatiza que o corpo é apenas um veículo, um instrumento temporário de expressão da consciência. A consistência física, portanto, não é sinônimo de solidez definitiva, mas a etapa inicial da jornada.


Seguindo em direção a uma vibração mais sutil, encontra-se o plano etérico. Ele atua como a matriz energética do corpo físico, responsável pela vitalidade, pelo fluxo de energia e pela interação entre o visível e o invisível. Segundo a tradição teosófica, tudo o que existe no mundo material possui um equivalente etérico que lhe dá forma e sustento. É neste plano que se localizam as forças vitais, a circulação energética e os padrões que influenciam a saúde e o equilíbrio do organismo. Aqui, a consistência já não é matéria, mas energia organizada.


O terceiro nível é o plano astral, conhecido como o domínio das emoções, dos desejos e da imaginação. É nesse ambiente interno que se movem as paixões humanas, as projeções e os impulsos que moldam grande parte das nossas ações. Blavatsky destaca que o plano astral, apesar de subjetivo, possui consistência própria, pois suas vibrações influenciam tanto o corpo quanto a mente. Trata-se de um campo dinâmico, onde imagens e sentimentos podem ganhar força e se tornar padrões de comportamento. Por isso, trabalhar o plano astral é um exercício contínuo de discernimento e autocontrole.


Acima desse domínio está o plano mental, dividido tradicionalmente em duas partes: a mente concreta e a mente abstrata. A mente concreta é responsável pelo raciocínio, pela análise, pela linguagem e pela lógica. Já a mente abstrata é a região do pensamento elevado, da intuição intelectual e da capacidade de perceber princípios universais. É nesse nível que o indivíduo começa a organizar sua visão de mundo e a construir significados mais profundos para a existência. A consistência mental, portanto, não depende apenas do acúmulo de informações, mas da integração entre percepção, reflexão e clareza.


O quinto nível é o plano búdico, associado à sabedoria, à compaixão e à consciência unificada. Aqui, o ser humano começa a perceber que não está separado do outro, uma visão que transcende o ego e reconhece a unidade da vida. É o plano da intuição espiritual, não no sentido místico superficial, mas como percepção direta da realidade. Blavatsky descreve essa camada como a consciência da alma em sua expressão mais pura, capaz de compreender a essência por trás das formas e de agir com altruísmo profundo. A consistência búdica é rara e exige um longo processo de purificação emocional e mental.


O sexto nível é o plano átmico, ligado à vontade espiritual e ao propósito mais elevado do ser. Aqui se encontra a centelha da individualidade divina, aquilo que dá direção à existência e conecta o indivíduo ao fluxo universal. Enquanto os níveis anteriores tratam de emoções, pensamentos e sabedoria, o plano átmico é o núcleo dinâmico da consciência, a fonte da ação correta e alinhada com o todo.


O sétimo e mais elevado nível é o plano monádico, onde reside a essência última do ser. É o ponto de unidade absoluta, a origem de todas as demais camadas. Para Blavatsky, esse plano representa a verdadeira imortalidade, aquilo que permanece além das mudanças de forma, corpo ou personalidade. É a Consciência pura, incondicionada, indivisível.

Como o aprofundamento da consciência no processo de coaching fortalece a resiliência do cliente, tornando-o mais apto a enfrentar desafios com clareza, equilíbrio e maturidade?


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Ao relacionar esse conhecimento e aprofundar a compreensão dos sete níveis de consciência, o indivíduo amplia sua percepção sobre si mesmo e sobre a própria realidade. Cada nível não existe de forma isolada; pelo contrário, dialoga permanentemente com os demais, num intercâmbio contínuo de influência e transformação. Percorrer esse caminho significa integrar corpo, energia, emoções, mente e espírito em um processo evolutivo de crescimento, lucidez e transcendência. Uma jornada interior que, segundo Blavatsky, expressa o verdadeiro propósito da evolução humana.


Embora esse conceito esteja enraizado na teosofia, a chamada “sabedoria divina”, e carregue um caráter profundamente filosófico, chama atenção sua objetividade e aplicabilidade. Mais do que isso, torna-se possível reconhecer o quanto essa estrutura pode servir como um norte valioso para processos de coaching, oferecendo uma lógica consistente para compreender etapas, desafios e expansões de consciência ao longo do desenvolvimento humano.


Para o coach, observar o quanto os clientes se aproximam de cada um desses estágios ao longo de um processo de coaching é, por si só, um aprendizado valioso. Cada indivíduo manifesta, à sua maneira, movimentos internos que conversam com aquilo que Blavatsky descreve em seus níveis de consistência. Essa expansão gradual da consciência amplia a percepção do cliente sobre suas limitações, potencialidades e padrões comportamentais, favorecendo decisões mais coerentes com seu propósito e suas metas.


À medida que essa consciência se aprofunda no processo, o cliente se torna mais resiliente, capaz de enfrentar desafios com maior clareza, equilíbrio e otimismo, transformando a jornada de desenvolvimento pessoal em uma experiência menos intimidante e mais enriquecedora. Assim, os conceitos trabalhados no coaching deixam de ser abstratos e passam a refletir diretamente a vivência do próprio cliente, que os incorpora em seu cotidiano com o apoio constante para sustentar esse alinhamento consciente.


A jornada rumo ao desenvolvimento da consciência é longa, e a maioria de nós, assim como nossos clientes, ainda se encontra nos primeiros estágios. É possível notar que um número crescente de pessoas está, na verdade, preso no nível mais básico, onde se situa a luta pela sobrevivência material. Nesse patamar primário, a única motivação é garantir dinheiro, alimento e manter o status material a qualquer custo. Alguns estão presos no nível astral, bombardeados por conhecimentos e experiências ditos espirituais. Passam a viver focados apenas em sensações e desejos, na expectativa do que o universo lhes trará. No entanto, essa fixação em uma experiência sensorial impede o desenvolvimento de uma verdadeira capacidade de lidar com a vida emocional, que precisa ser temperada e guiada pela consciência.


Aqueles que ascendem ao nível seguinte experimentam a realidade da mente concreta. São muitos os que, nesse estágio, racionalizam tudo: acreditam deter todas as respostas, dominar todo conhecimento (especialmente aquele propagado superficialmente nas mídias sociais) e possuir um modelo definitivo não apenas para sua própria vida, mas também para a vida alheia. No entanto, essa postura revela uma limitação fundamental: a incapacidade de transformar informação em verdadeiro aprendizado. Sem conseguir processar criticamente o que recebem, não desenvolvem um pensamento autônomo, capacidade que só emerge no nível seguinte, o da mente abstrata.


O cenário mais comum em nosso trabalho é encontrar clientes nos três primeiros níveis: físico, astral e mente concreta. O desafio em coaching, portanto, é convidá-los a perceber suas questões a partir de um nível de consciência imediatamente superior ao que ocupam: do físico para o astral, do astral para o concreto, e assim por diante.


Costumo afirmar que, ao alcançar esse patamar, uma nova qualidade de consciência se revela. É precisamente nesse território de maturidade consciente que o coaching encontra sua vocação mais nobre e profunda, e é neste espaço que atuo como profissional. Quando o indivíduo atinge um genuíno grau de autonomia, sua busca se transforma. Ele já não anseia por gurus ou mestres que lhe apontem o caminho, mas por um parceiro de jornada. Alguém capaz de criar um ambiente seguro e provocador, onde as perguntas certas possam emergir e, a partir delas, o próprio cliente encontre suas respostas.


Após essa reflexão, como você percebe o estágio de consciência em que se encontra neste momento? De que forma você tem colocado esse conhecimento em prática com seus clientes?


Com mais de 25 anos de experiência em coaching e mais de 7.000 horas dedicadas ao desenvolvimento humano, meu propósito é criar processos personalizados que ampliem o potencial e fortaleçam o nível de consciência de líderes e equipes. Sou Jorge Dornelles de Oliveira e coloco-me à disposição para construir, junto com você, um caminho de evolução real, feito sob medida para suas necessidades e objetivos.


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Jorge Dornelles de Oliveira

Dezembro de 2025

 

 

 

 

 

 
 
 

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